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domingo, 29 de abril de 2012

As Maravilhas da Natureza

Antônio José dos Anjos
26.04.2012
Em se tratando de natureza
Tudo pode acontecer;
A transformação do clima,
Pasto para o gado comer.
II
Meninos brincam na roça;
Meninas enfeitam o chão.
É como se fossem rosas
Soltando os primeiros botões.
III
É só alegria e paz
Nas noites bem estreladas.
Brincadeiras de crianças,
Para eles não falta nada.
IV
Brincam de pega-pega,
Também de amarelinha...
Brincam de faz de contas,
Coisas que não se vê mais.
V
Assim os dias se passam
Na maior animação.
Brincando com borboletas,
Transformando-as em avião.
VI
No meu tempo de criança
Não existia televisão,
Nem tão pouco internet,
Nem o tal de paredão.
VII
Com o passar do tempo
Tudo se modificou.
É televisor em 3D
E o tal do computador.
VIII
A família não tem mais paz,
Tudo ficou ao léu.
Não existe mais respeito
Filhos não obedecem mais.
IX
Não sei onde vai parar
Esta tal de evolução,
Tudo se transformou;
Só existe poluição.
X
Ó meu bom Jesus querido
De humilde coração,
Precisamos que o Senhor volte
Para dar o seu perdão.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Religião e Amor

Antônio José dos Anjos
16.04.2012
Eu não escrevo quando eu quero.
Quando eu quero, às vezes escrevo.
Penso antes de escrever,
Para não escrever o que não quero.
II
Se eu pudesse roubar suas palavras,
Para escrever o que eu queria,
Nós dois não mais sofreríamos,
Este amor que eu tanto espero.
III
O prazer mexe com a gente,
Enfraquecendo nossos corações.
Nossas religiões se divergem,
Por não aceitar nossa união.
IV
Quem sabe se mudar um dia
E aceitar como eu sou,
Será um mundo só de fantasia
A nossa relação de amor.
V
Na vida tudo passa
E o tempo nos espera.
Hoje é jovem e amanhã donzela,
Passou pela vida e não viveu.
VI
Assim seremos só lembranças
De um passado que passou,
Da vida que não aproveitamos,
Da religião que nos tragou.

O Amor e o Perdão

Antonio José dos Anjos
23.04.2012
A Meu Senhor Jesus,
A quem eu peço inspiração,
Para fazer uma poesia
Sobre o amor e o perdão.
II
O amor é muito fácil,
Ele vem junto com a paixão.
Precisamos ter mais força
Quando houver uma traição.
III
Ficamos bobos e calados
Sem rumo, sem direção.
É preciso nesta hora
Muita paz e consolação.
IV
Pedimos, ó Pai querido,
Que muito nos ensinou,
Amar o teu semelhante,
Perdoar quantas vezes for.
V
Assim eu sigo em frente,
Procurando o rumo certo
Sem mudar o Teu caminho,
Eu terei muito sucesso.
VI
A nossa passagem pela vida,
É passagem de aperfeiçoamento;
São os seus ensinamentos,
Que ensinam a dividir o pão.
VII
Se quiseres em outra vida

Alcançar o Seu perdão,
Não desejas ao teu próximo,
O que não queres, meu irmão.
VIII
Assim seremos felizes
Por toda a eternidade;
Por lembrar do vosso amor,
Do perdão e da humildade.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Tempo

Antônio José dos Anjos
16.04.2012
O meu melhor professor,
Nunca me diz nada.
Fico a olhar para ele,
Nas horas da madrugada.
II
Nestas horas ele passa,
No silêncio da manhã,
Na aurora que vai nascer,
No novo dia que se levanta.
III
Quem é este professor
Que passa nas madrugadas,
E ensina a todos nós,
Sem falar, sem cobrar nada?
IV
É o professor mais rígido,
Ele, cobra o que ensinou.
É um professor perfeito,
Ele tem muito valor.
V
Se você aprender com ele,
Nada vai esquecer.
Fica gravado na memória,
O seu eterno saber.
VI
Afinal, quem é este professor,
Que passa nas madrugadas
E, não nos cobra nada?
Este professor é o tempo.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Menino do Interior

Antônio José dos Anjos
(02.08.1995)
Quando menino corria e brincava,
Me divertia como eu podia,
Pegava pássaros, até judiava,
Mas não sabia o que acontecia.
II
Tirava-lhe as penas pra ver saltitar,
Nesse aperreio, achava engraçado,
Vê-lo pulando sem ter direção,
Pegava e soltava o pobre coitado.
III
Hoje me acho na mesma situação,
Perdido na cidade grande sem rumo.
Vou e volto, pra lá e pra cá...
Não tenho rumo! - Ponho-me a pensar.
IV
Como os pardais, que tanto eu brincava,
Sinto na pele o que eles passavam.
Os olhos lacrimejam a dor que sentia,
Fico mais triste, porque nada diziam.

Para Minha Esposa, Maria de Fátima

Antônio José dos Anjos
(12.07.1995)
Fico do alto a olhar meu passado,
A tristeza a altura me trás,
O teu amor consola-me a amargura
E o meu pranto aos poucos se vai.
II
Ah se eu pudesse te ver bem pertinho,
Te passar as mãos, te fazer carinho,
O teu corpo, enche minha alma,
Os teus carinhos me fazem menino.
III
Fico perdido em busca do teu amor,
A saudade me conduz à vitória.
O meu pranto, já não é mais dor,
O teu amor me anima e me consola.
IV
Na solidão, você é o meu conforto,
Na tristeza, você me revigora.

Tu és a brisa pura e limpa,
Tu és o oxigênio que renova a toda hora.
V
És tu mulher, pequena e bela,
És o amor maior do que os outros,
És mãe, és esposa, és amiga,
És querida do jeito que tu és.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Tempo que Não Volta

Antônio José dos Anjos
(07.12.2011)
Às vezes fico a pensar,
No meu passado bem distante,
Na minha alegria que lá ficou,
Na desilusão que me acompanha.
II
Se eu pudesse tudo voltar,
Tristeza, não mais teria,
Perdoar, só alegria,
Rejuvenescer, jamais.
III
Tudo ficou, tudo passou,
Mas a lembrança não passa.
Choro por dentro, 
Sinto por fora,
IV
A tristeza que me causa dor,
Hoje pai, hoje avô,
Onde encontrei toda a alegria,
Que quase me roubavam um dia.

domingo, 1 de abril de 2012

Saudade da Minha Serra

Antônio José dos Anjos
(22.08.1995)
Quando te olho, ó serra querida
Vejo teu verde me chamar
Os teus galhos compridos e longos
Bailam no vento pra lá e pra cá
II
Agora estou distante de você
Brincar com seus galhos jamais
As suas folhas secam de tristeza
Acenar pra mim nunca mais
III
Ah, jaqueira grande e frondosa
Como eu queria estar perto de você
Olhar seus frutos bonitos e cheirosos
Poder tocá-los e até comer
IV
Mesmo com a idade que você tem
Ninguém lhe transfere pra cá
Você continua no lugar de sempre
Espere por mim, que voltarei
V
As noites ouço o bailar dos seus galhos
Que parecem me chamar à distância
Olho, mas não vejo, não lhe alcanço
É mais um sonho, é um pesadelo

A Formiga e o Menino

Antônio José dos Anjos
(01.08.1995)
  Certo dia, uma formiguinha andava vagando sobre a grama do jardim, da casa de um menino muito conhecido no seu bairro, pelas suas travessuras constantes.
  Felipe - o apanhador de formigas - como era tratado pelos seus colegas.
  De repente a formiguinha distraída deparou-se com o tal menino e disse:
  - O que eu faço?
Fugir de Felipe era quase impossível, então, só lhe restava se fazer de coitada. Levantando uma das patinhas para lhe chamar a atenção e disse:
  - Olhe Felipe, estou precisando de ajuda, deixe-me passar!
  - Não compreendo o significado do seu pedido. E toma a sua decisão:
  - Vou guardar essa formiguinha de lembrança, pela primeira vez consegui capturar uma formiguinha bailarina. Essa será a minha formiga de estimação.
  Muitas vezes devemos usar a verdade, mesmo que ela venha nos trazer prejuízo futuro, pois mais vale a verdade sempre do que a mentira depois!

Eu Vou

Antônio José dos Anjos 
(19.05.1995)
Vou, não que eu queira
Vou ao destino não desejado
Vou cumprir a minha sina
Vou lembrando o meu passado.
II
Vou, mesmo assim, eu vou.
Vou triste, vou calado
Vou pensando, vou encabulado
Vou aos poucos, não vou todo
III
Vou, porque tenho que ir
Vou fazendo cara feia
Vou de qualquer jeito,
Vou até de carona, mas vou,
IV
Vou pensando nos amigos,
Vou pensando na minha esposa,
Vou pensando nos meus filhos,
Vou, sei que vou.
V
Vou eu, mas não quero que você vá
Vou porque, não tenho querer
Vou, mas espero que nunca tenhas de ir
Vou eu, a minha saudade
VI
Vou com a minha obrigação de pai,
Vou com a minha responsabilidade,
Vou com meus defeitos e virtudes,
Vou porque, está chegando a hora, eu vou.