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terça-feira, 30 de outubro de 2012

A LUZ

Eu preciso subir,
Mas não encontro
O primeiro degrau.
Eu preciso sair,
Mas não encontro
A porta aberta.

Somente existe uma
Janela sem acesso
A lugar nenhum.
Não posso saltar!
Do outro lado
Existe um precipício

Olho para os lados...
Estou preso.
A minha liberdade está
Dentro de mim!
Preciso me livrar dessa
Escuridão.

O espelho é testemunha
Do meu passado
E a porta não se abre
Para mim.
Será que tenho
De saltar aquela
Janela!

E preciso fugir da escuridão
Do meu passado.
Preciso perdoar aqueles
Que me atropelaram.

Eu preciso flutuar,
E alcançar aquela janela,
É lá onde está a luz!
É lá onde se encontra
Jesus!

sábado, 20 de outubro de 2012

MARCHINHA DE CARNAVAL

O Buraquinho
Autor: Antônio José

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

Seu buraquinho não aumentou
Com certeza ninguém nunca usou

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

Seu buraquinho foi costurado,
Com certeza não vai ficar quadrado

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

O seu vestido nunca rasgou
Por que o seu buraquinho aumentou?

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

Seu buraquinho tá escondido
Eu quero ver é o buraquinho do vestido

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido
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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Meu Primeiro Livro

Está agora disponível, depois de muita luta, o meu primeiro livro impresso.
Gostaria de dividir esta alegria com todo que vêm me apoiando para que tudo desse certo.
Estão reunidas nesta obra, as lembranças, frustrações, esperanças, realizações e planejamentos de uma vida simples, mas cheia de sentimento. São poemas e histórias que contam um pouco da trajetória do autor em sua luta por sua família, contadas também com muito humor.

Categoria(s): 
Idioma: Português
Edição/Ano: Primeira/2012 
Numero de paginas: 45
Peso: 107

Tipo de Capa: Capa cartão
Acabamento: Grampo canoa
Papel: Especial livro
Formato: 17 x 24 cm
Miolo: Preto e branco 


Agradeço também a todos que no decorrer de minha vida, contribuíram de forma direta ou indireta, pela minha educação e formação como ser humano.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Buraquinho do Vestido

Antonio José dos Anjos
15.09.2012

Letra registrada para Marchinha de Carnaval
Falta a música

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido
Seu buraquinho não aumentou
Com certeza ninguém nunca usou

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

Seu buraquinho foi costurado,
Com certeza não vai ficar quadrado

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

O seu vestido
Nunca rasgou
Por que o buraquinho aumentou?

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

Seu buraquinho
Tá escondido
Eu quero ver é o buraquinho do vestido

Eu quero ver o seu
Eu quero ver o seu
Buraquinho do vestido

domingo, 23 de setembro de 2012

O Pé de Juazeiro

Antonio José dos Anjos
(17.09.2012)
Deitado à sombra de um velho pé de juazeiro, olhava o tempo passar e o vento soprando em suas folhas quase secas, enquanto algumas se despediram dos seus galhos. Aos poucos eram levadas por aquelas correntes de ar que soprava ao destino sul, daquela verde mata sofrida pelas mãos do homem.
Coitado do velho pé de juazeiro, que sempre se manteve firme abrigando em sua copa todas as plantas rasteiras.

Com o passar do tempo,
Aumentou a devastação...
Tudo vai de água abaixo,
Devido à erosão.
Até mesmo o velho juazeiro,
Com seus pés firmes no chão,
Já não aguenta mais
A maldita erosão.

Vamos cuidar das florestas,
Dos nossos pássaros também,
Das nossas águas cristalinas...
Isso é fazer o bem!


Vamos olhar para o futuro e não esquecer o passado.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Pássaro e a Prisão

Antonio José dos Anjos
e Valter Arruda dos Anjos
(16/08/2012)
Quando eu era pequeno
Tinha essa situação:
Achava até engraçado
Ver um pássaro na prisão.
Com o passar do tempo,
Vi que é só judiação.
Se quiser ver um homem triste,
Ponha ele numa prisão!

Por isso Sr. Doutor,
Crie lei da libertação!
Libertando os passarinhos
Da maldita escravidão,
Que assola todo dia
A sua população.
Se quiser ver um homem triste,
Ponha ele numa prisão!

Lá era pra estar
O assassino e o ladrão.
Não o passarinho amigo,
Que não fere seu irmão.
Coloque também o corrupto,
Com toda sua opressão.
Se quiser ver um homem triste,
Ponha ele numa prisão!

Tivemos lembranças tristes
Do tempo da escravidão...
Por isso não prendam os pássaros;
Deem sua libertação.
Libertem que eles vão dar,
Pra vocês uma canção.
Se quiser ver um homem triste,
Ponha ele numa prisão!

Por isso Sr. Doutor,
Abra o seu coração!
Sancione uma lei legal,
Não me deixe triste não!
Soltem pelo matagal,
Do sabiá ao cancão.
Se quiser ver um homem triste,
Ponha ele numa prisão!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Vento e o Segredo

Antônio José dos Anjos
(08.08.2012)
O vento canta aos meus ouvidos
Canções que procuro decifrar.
Mas, ele não revela o seu segredo.
Eu fico sozinho a imaginar.

Será que ele fala de alguém?
Um segredo maior do que o mundo?
Aos poucos ele leva as minhas palavras,
Assanhando os cabelos da mulher amada.

Ó vento, que passa sobre ela,
Me fale um pouco da sua paixão,
Não me deixe sofrer nesta janela...
Escreva o seu nome no chão.

Não transforme só em poeira
Este seu cantar que é tão belo...
Parece assobiar o nome dela,
Chamando bem baixinho num psiu!

Quando a noite vem caindo
E a rígida nortada solta,
Fica tudo em um silêncio.
Na fresta da telha você sopra.

Pronuncia até o nome dela,
Nas suas ondas de ar ou rajadas.
Mas eu aqui na minha janela,
Não consigo decifrar o nome dela.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Salve a Natureza

Antônio José dos Anjos
(28.06.2012)
Não cortem os meus ganhos;
Não retirem a minha flor;
Respeitem a minha vida;
Não me toques, por favor!

Deixem-me viver em paz!
Não procurem me desmatar.
Faço parte dessa vida,
Que só beleza nos dá.

Enfeito todas as casas
E ainda purifico o ar.
Dou sombra e abrigo,
A todos os pássaros que há.

Não me queime, nem are,
Não gradeie o meu chão.
Não golpeie o meu caule...
Fere o meu coração.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lembranças de Menino


Antônio José dos Anjos
21.06.2012
Todo menino um dia
Relembra de alguma coisa.
Até mesmo brincadeira
Com um velho fura-chão.

Brincadeira com peteca,
Era nossa diversão.
Tudo era fantasia,
Em noite de São João.

Comia-se milho assado
E cozido também;
Aluá e pé-de-moleque...
Menino enchia a pança.

Como era divertido,
O meu tempo de criança!

Hoje não se vê mais
Essa diversão sadia.
Menino é na internet,
Toda hora, todo dia.

Segredo de adulto,
Isso não existe mais.
Menino sabe de tudo,
Sabe mais do que os pais.

sábado, 16 de junho de 2012

Ceará Vozão

Antônio José dos Anjos
16.06.2012

Eu nasci em 1914.
O meu coração é preto e branco,
A minha bandeira é você.

Estamos sempre juntos,
Vibrando na mesma emoção.
Eu sou o mais querido,
Faço parte do povão.

Estou sempre presente.
Na alegria e tristeza.
Minha bandeira é a mais querida;
É a guardiã de toda a torcida.

Crianças, adolescentes e idosos
Fazem parte desta grande família
Hoje é mais um dia de luta!
Juntos estaremos nesta batalha!

Vamos reviver sua glória;
Vamos relembrar o seu passado.
Ceará, vozão querido,
Estou aqui para lhe dar força.

A torcida te espera de braços abertos,
E o coração batendo a mil.

É gol! É só alegria!
A paz reina entre nós.
Faça mais um, mostre a sua raça!
Seguiremos para onde for!

Faço parte desta família,
Me orgulha estas duas cores.
Eu sou preto, eu sou branco,
Sou a maior união.

Não existe distinção entre nós.
Tenho o maior coração.
Aqui estou, lhe aguardando...
Lutaremos juntos, lado a lado.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O Centro de Fortaleza

Antônio José dos Anjos
14.06.2012
Ruas estreitas e engarrafadas.
Existem engarrafamento até nas calçadas.
No meio da pista o pedestre se expõe
E as autoridades desconhecem, nada fazem.

Não posso reclamar, não sei a quem...
Representante do povo, não sei se existe.
Falam até num tal de vereador,
Não sei onde se escondem, meu senhor.

Mas se algum dia eu encontrá-lo,
Este homem que é o nosso representante,
Vou pedir humildemente
Um pouco da sua atenção.

Vereador da nossa capital,
Faça um projeto urgente!
Padronize todas as calçadas,

Antes de quebrarmos os dentes!

Já não sei mais com quem dividir
Este espaço infernal.
Se eu salto um buraco,
Caio em cima de um pau.

Hoje o camelô 
Se acha o dono da rua.
Vendendo música pirata
E mulher toda nua.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados

Antônio José dos Anjos
(12.06.2012)
Dia dos namorados.
Um dia até sagrado,
Onde começa nossa união
Eu estou sempre ao seu lado.

Queria dar-te milhões de rosas,
Mas suas pétalas caem.
Não lhe oferto um bolo,
Pois gorda não quero jamais.

Assim eu dou o meu amor
Puro e verdadeiro...
Estarei sempre ao seu lado
Todos os dias, o ano inteiro.

domingo, 10 de junho de 2012

Saúde na COPA

Antônio José dos Anjos
(10.06.2012)

Eu espero nessa Copa
Que nada saia errado.
Principalmente os passes,
Que a bola não saia quadrada.
Estou de olho em tudo
Naqueles que só ocupam espaço,
Fazendo corpo mole
Esperando uma bola espirrada.

Não progride, não faz nada,
Só ficam matando tempo,
Alugam uma parte do campo
A espera de uma bola cumprida.
Como no futebol,
Tudo começa errado!
Nunca vi bola cumprida,
Nem tão pouco bola quadrada.

Se fosse quadrada, era um dado;
Se fosse cumprida, era um bastão.
Mas como o nosso locutor
É da Globo, é Galvão,
Põe até gripe em bola.
Dependendo da ocasião.

É muito mais fácil um jogador,
Que ainda não está curado,
Espirrar naquela bola,
Aí ela sai espirrada!



quarta-feira, 6 de junho de 2012

HOMENAGEM AO SOLDADO KUH!

(Autor Desonhecido)
Venha conferir o vídeo!
Foi numa tarde sombria
Na aldeia de Shama-Shu,
Um pequeno ser nascido,
Com um lindo nome de Kuh!
II
Aos nove anos de idade,
Talentoso pra chuchu,
Na escola admiravam
A inteligência do Kuh!
III
Aos quarenta anos de idade,
General foi nomeado...
Todo o Japão proclamava:
O Kuh! Valente soldado!
IV
Quando pra guerra partiu
Este valente chorava.
Não era por covardia,
O Kuh, da mãe se lembrava.
V
Numa batalha feriu-se,
Na aldeia de Shama-Shu.
Veio uma bala perdida,
Atravessou o olho do Kuh.
VI
Os soldados japoneses
Numa carga derradeira,
Vendo o general morto
Cobriram o Kuh, com a bandeira.
VII
Assumindo ao comando,
O general Fan-Fih-Fhu,
Reza uma prece bonita
E põe uma vela no Kuh!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

HINO À COPA

Antonio José dos Anjos
31.05.2012
A copa vem aí,
Batendo forte como nunca!
Vem num ritmo acelerado!
Tudo está sendo transformado.
II
Os nossos corações unidos,
Para vibrar outra vez.
Todos num só ritmo,
Sem perder o seu compasso.
III
Desse jeito eu vou
Vibrar com mais emoção,
Vendo a bola rolar...
Mexe com o meu coração.
IV
Quando a galera explodir,
Com aquele gol verdadeiro,
Vibramos em nossas casas,
Animando o quarteirão inteiro:
É gol! É gol! Do Brasil!
V
Assim será até o fim,
Aumentando a nossa emoção.
Crianças, adolescentes e adultos,
Vibram na mesma direção.
VI
Todos escalam o time,
Outros formam a seleção...
Tudo pela mesma causa,
Querendo ser o campeão.
VII
No final dessa batalha,
Somente um sobrevive.
Espero que seja nós,
E o visse que seja vós.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Apenas um Sonho

Antônio José dos Anjos
(25.05.2012)
Samba da minha vida;
Samba do meu coração;
Samba da avenida;
Faz batuque no meu coração.
II
Samba mexe com a gente,
Mexe para valer.
Faz o fraco ficar forte,
Faz o duro amolecer.
III
Quem nunca sambou não sabe,
O valor que o samba tem.
Ele nos machuca os pés,
Mas não faz mal a ninguém.
IV
Por isso sigo sambando,
Fazendo a marcação...
Vou sambando miudinho,
Machucando o seu coração.
V
E desse jeito que eu sou,
Mulata dengosa e faceira.
Sambo com facilidade,
Parece até brincadeira.
VI
Venho quebrando miudinho,
Mexendo como seu coração.
Vem mulata dengosa faceira,
Sambar na palma da mão!
VII
Quando eu quase te alcançava
E o teu perfume sentia,
Bateram na minha porta
Anunciando um novo dia.
VIII
E para minha tristeza,
Naquela hora acordava
Era apenas um sonho,
Aquela mulata escapava.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O Perdão!

Antonio José dos Anjos
(22.05.2012)
Ó meu Jesus nosso Pai e nosso Irmão,
Perdoai nossos pecados,
Dai-me a Salvação.

Pai de infinita bondade;
Pai de eterno amor,
Filho da virgem Maria,
Rainha da Salvação.
Escolhida por Deus Pai,
Por seu Filho Redentor,
Que nos salva do pecado
Com a força do seu amor.

Ó meu Pai aqui estou,
Precisando da sua misericórdia.
Já não sou mais o mesmo.
Hoje cresci e vejo
O mundo com outros olhos.

Preciso da sua ajuda
Para voltar a ser criança...
Sem ter maldade, só esperança.
De um dia lhe encontrar.

A minha vida a voz pertence;
Os Filhos que me deste também;
Tudo o que tenho pertence a ti.

Livra-nos do pecado e da maldição,
Conduza os meus Filhos ao bom caminho,
Sempre mostrando por onde vão.
Que não se percam da sua trilha
E aprendam a dividir o pão.

Ó Pai querido e amado
Por todas as religiões,
Não tens distinção por cor, nem raça...
Todos alcançam o seu perdão.

A sua misericórdia é infinita!
Sejam humildes e pacientes,
Não cobrem para não serem cobrados,
Aprendam a perdoar para serem perdoados.

domingo, 20 de maio de 2012

Eterno Amor

Antônio José dos Anjos
(18.05.2012)
Ó menina vem!
Vem para o meu barracão!
Vem sambar miudinho,
No meu coração.

Aqui tem espaço para nós dois.
Menina você abriu a
Guarda do meu coração.

O seu amor é forte,
Preciso de você.
Tudo o que você quiser,
Eu tenho mulher.

Não sou mais um só...
Menina o nosso amor é forte,
Não pode ser dividido;
Não pode ser escolhido;
Por uma pessoa qualquer.

Ah! Menina se você voltar
Num raio de luz,
Esse amor que nos conduz
Nunca se apagará.

Menina essa luz é forte...
A luz do nosso amor.
Menina esta luz é colorida
Ela vem a todo vapor.

Menina deixe este amor acontecer!
Ele vai fortalecer
Os nossos corações.

Menina este amor não é só meu.
Este amor é meu e seu;
Amor e eternas paixões.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Meus Cabelos Brancos

Antônio José dos Anjos
16/05/2012
Me olho no espelho, 
Vejo que o tempo passou.
Ontem eu era pai;
hoje já sou avô.
II
Como o tempo passa rápido!
Não sei para onde foi.
Eu só sei que eu fiquei

Contando os dias que passam.
III
Assim será todos nós,
Relembrando o seu passado.
Hoje jovens, amanhã casados...
Muitos não chegam a ser avô.
IV
Assim, seguimos as nossas vidas

Cheias de paz e esperanças,
Relembramos quando éramos crianças,
Que brincavam de pipa e bola de gude.
V
Mas o tempo levou tudo.
Para onde? Eu não sei.
Recordo-me muito bem
O que eu desperdicei...
VI
Só brincava e não estudava.
Pensava até que não envelheceria.
Para mim, era só alegria...
enquanto eu sorria o tempo passou.
VII
Naquele espelho, por trás da janela,

Vi uma coisa que me surpreenderia:
Ainda contei por mais de dois dias,
Para ter certeza no que aconteceu.
VIII
Eram meus primeiros cabelos brancos.
Na face, uma ruga estampada
Anunciando o fim da juventude.
Não posso mudar o tempo,
Deixo que ele me mude!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Poluição na Minha Terra


Antonio José dos Anjos
14/05/2012
A minha terra natal,
Aos poucos desmorona.
Já não existem mais flores
Nem o pássaro beija-flor.
II
Até mesmo a graúna,
Pássaro preto encantador,
Este fugiu da serra,
Por causa do predador.
III
O sabiá pássaro conhecido,
Ele fugiu da poluição.
Não existe mais o verde,
Parece até uma maldição.
IV
O pintassilgo amarelo,
Quase verde ele ficou.
Com a tamanha perseguição
Ele fugiu meu senhor.
V
Uma tal de política,
Junto com a corrupção,
Contaminou as cidades
Da serra até o sertão.
VI
Pode desmatar e poluir,
Faça o que bem quiser...
Se o dinheiro está na frente,
Não existe destruição.
VII
Até mesmo o camaleão,
Que sempre muda de cor,
Mudou-se para a cidade,
E o seu verde prateou.
VIII
Coitado deste bichinho,
Que enfeitava as florestas!
Franziu o couro da testa
E lá eu não volto mais.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Dia das Mães!

Antônio José dos Anjos
07.05.2012

Mãe seus cabelos brancos,
Brilham como uma flor
No amanhecer do dia
E à tarde o sol irradia.
II
A sua beleza de flor
Jamais murcharia.
As pétalas sempre viviam
Nos seus galhos tem mais cor.
III
Mãe se renova todos os dias
Nos jardins de nossas vidas.
É sempre a mais querida,
Não importa quantos anos for.
IV
Será sempre uma flor...
Os filhos o seu amor,
Para quem, sempre viveu.
V
Mãe é uma rosa rara!
Uma rosa da cor do amor,
Onde não se vê a cor
Mas sentimos seu aroma,
Feito do puro amor.
VI
Mãe querida! Mãe feliz!
Seja de que jeito for,
As tuas mãos nos acariciam
Numa canção de ninar.
VII
Mãe, hoje é teu dia!
Um dia de eterna lembrança...
Quando eu ainda era criança
Amamentou-me pela primeira vez.
VIII
A você mãe, devo tudo.
Não posso esquecer o seu dia,
Onde só me deu alegrias
E me ensinou a rezar:
IX
Ave Maria, Mãe de Deus...
Pai Nosso que estais nos céus...
Salve Rainha, Mãe da misericórdia...
Creio em Deus Pai, Todo Poderoso...
X
Peço ao Deus Pai,
Que esta rosa nunca falte
Nos jardins de nossas vidas.
Amém!

sábado, 5 de maio de 2012

O Redentor

Antônio José dos Anjos
05.05.2012
A estrela indica o caminho
Aos reis magos do Oriente:
Belchior, Baltazar e Gaspar
Eram três homens da paz.
II 
Presentes eles deixaram
Com a maior satisfação.
E seguiram para o Ocidente...
Era a sua destinação.
 III
Começava o sofrimento
Do menino iluminado.
Mudava-se de vez em quando,
Para cumprir o seu legado.
 IV
Era só paz e alegria
Por onde ele passava.
Não cobrava de ninguém,
Mas ele muito ensinava.
 V
Assim foi seu ministério
Ensinando a fazer o bem
Por onde ele passava
A multidão aumentava
 VI
Ele curava e perdoava,
A todos que a ele vinham.
Até a mulher adultera,
Ele perdoou também.
 VII
Mas trinta moedas de ouro
O amor crucificou.
Ficou preso em uma cruz,
No meio de dois ladrões.
 VIII
Um a esquerda e outro a direita,
Foi grande a lamentação.
Ainda naquela cruz,
Um alcançou seu perdão.
 IX
Mas foi grande seu gemido!
Aquele homem escolhido,
Mostrou todo o seu valor.
É o filho de Deus Pai,
O Sagrado e Redentor.

terça-feira, 1 de maio de 2012

A Ceguinha

Antônio José dos Anjos
30.04.2012
Hoje na Guilherme Rocha
Eu vi a maior animação.
Era uma ceguinha,
Que estava sentada no chão.
II
Cantava em voz alta
Sem ninguém dar atenção,
Mas eu tive o prazer
De escutar o seu refrão.
III
"Bendito seja vós,
Que passa nesta calçada.
Me ajude por gentileza,
Faça esta caridade.
IV
Me ajude como puder,
Homem menina e mulher
E que Deus lhe dê proteção
A você e toda sua família."
V
Não havia distinção
Naquelas benditas palavras.
Cada hora que passava
Ia ganhando mais força.
VI
E aquela voz quase rouca
Abençoava toda a multidão.
Eu fiquei em frente dela
Para ser abençoado.
VII
Dalí eu saí feliz
Por ter sido abençoado.
Saí um pouco calado,
Por saber que nada via.
VIII
Mas quem sabe se um dia
Quando voltar o divino
E aquela luz que lhe faltava,
Não será mais escuridão.