Antônio José dos Anjos
16/05/2012
Me olho no espelho,
Vejo que o tempo passou.
Ontem eu era pai;
hoje já sou avô.
II
Como o tempo passa rápido!
Não sei para onde foi.
Eu só sei que eu fiquei
Contando os dias que passam.
III
Assim será todos nós,
Relembrando o seu passado.
Hoje jovens, amanhã casados...
Muitos não chegam a ser avô.
IV
Assim, seguimos as nossas vidas
Cheias de paz e esperanças,
Relembramos quando éramos crianças,
Que brincavam de pipa e bola de gude.
V
Mas o tempo levou tudo.
Para onde? Eu não sei.
Recordo-me muito bem
O que eu desperdicei...
VI
Só brincava e não estudava.
Pensava até que não envelheceria.
Para mim, era só alegria...
enquanto eu sorria o tempo passou.
VII
Naquele espelho, por trás da janela,
Vi uma coisa que me surpreenderia:
Ainda contei por mais de dois dias,
Para ter certeza no que aconteceu.
VIII
Eram meus primeiros cabelos brancos.
Na face, uma ruga estampada
Anunciando o fim da juventude.
Não posso mudar o tempo,
Deixo que ele me mude!
Corroborando:
ResponderExcluir"Fecundas Manhãs que Enterneceram"//
A primeira é de casamento/
Depois as da lua de mel/
As da barriga de perfil/
Seguidas das flores na maternidade/
Das carinhas sujas de macarrão/
Do futebol no ginásio,/
As da primeira comunhão/
De repente a de formatura/
Com a beca de doutor/
Vistas agora sobre meu piano/
Nem parece que o tempo passou...!//
(p poesia on-line do RL)
Soaroir 26/05
http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/3544075
muito obrigado
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